Galera do TOTUS:
Vamos a uma pequena retomada histórica desde o dia do terremoto, junto a Central Nuclear de Fukushima 1 no Japão. onde os piores cenários apocalípticos podem se materializar:
Primeiro, um terremoto de proporções bíblica, provoca o desligamento da Central.
Segundo, um tsunami(onde de porto), põem abaixo todos os geradores e bombas responsáveis pelo resfriamento do combustível nuclear.
Pronto, o cenário do armagedon está armado, ou seja, o derretimento total dos núcleos dos reatores (SÍNDROME DA CHINA) combinado com um vazamento de proporções incontroláveis, que avança sem controle pelo território, pode tornar toda a região inabitável por pelo menos 30 mil anos. Já andam falando que estamos diante de um novo desastre a la Tchernobil(maior da história, localizado na Ucrânia).
Sempre é bom lembrar, que estes golpes certeiros (terremoto e tsunami), ocorreram no Japão, um país cuja a cultura tecnológica, a qualidade e a segurança, estão sempre acima dos limites recomendáveis.
Fica então a grande pergunta: VALE A PENA INVESTIR NA ENERGIA NUCLEAR?
Em nenhum lugar do mundo, existe uma central nuclear totalmente protegida contra acidentes de ordem natural, como terremotos e tsunamis, já que os custos seriam tão altos que não valeria a pena possuir uma. As previsões eram que um terremoto na escala 8.9 seria muito difícil de acontecer, só que as previsões falharam e infelizmente estamos diante de um resultado nefasto, tornando difícil a sustentabilidade da vida naquela região.
Revisões estão sendo feitas por todo o mundo. China e Índia, já anunciaram que vão reavaliar os planos de expansão das suas termelétricas nucleares. Angela Merkel, premiê alemã, convocou uma reunião de emergência para reavaliar as condições dos reatores nucleares das centrais nucleares da Alemanha(olha que lá não possui terremotos e muito menos tsunamis).
Alguns sites americanos, já se aproximam da histeria, jogando informações de que 17 militares americanos embarcados no porta aviões Ronald Reagan, atualmente próximo do local do acidente, se encontram contaminados e que uma chuva radioativa pode se espalhar pela Costa Oeste dos EUA.
Bom, eles realmente deveriam estar preocupados, já que os mesmos reatores que estão derretendo na Central Nuclear de Fukushima desenhados pela GE, possui 23 irmãos dentro do território americano, segundo informações da Drudge Report (site americano).
Quanto ao Brasil, acho que serviu de pano de fundo para encerrar a idéia mirabolante que foi aventada em 2008 pelo ministro das Minas e Energia Edison Lobão, de erguer 50 novas usinas, além das 2 em funcionamento(Angra 1 e 2), uma em construção(Angra 3) e mais 4 previstas.
Dizer que as usinas nucleares brasileiras são seguras, tenho as minhas dúvidas. Não existe no Brasil um plano de contingência para esvaziar a cidade de Angra dos Reis caso problema semelhante ao da usina japonesa de Fukushima 1 ocorra.
Em compensação, os reatores nucleares do país são de um tipo mais moderno do que os da usina avariada e têm menor chance de falha.
O plano de emergência de Angra estabelece retirada da população 12 mil pessoas no total num raio de 5 km das usinas, o mínimo exigido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Tanto Angra 1 quanto Angra 2 e 3 são reatores de água pressurizada (chamados PWR, em inglês). Já os de Fukushima 1 são de água fervente (BWR).
"Reatores PWR têm mais barreiras contra liberação de radioatividade", diz Aquilino Senra, professor de engenharia nuclear da Coppe-UFRJ.
O físico nuclear José Goldemberg, da USP, diz que o problema dos reatores nucleares de ambos os tipos é depender de um fator fundamental: se a água para de circular, as barras de combustível derretem. "Basta um defeito numa válvula. Dizer que Angra é seguro porque não tem tsunami é bobagem."
Em compensação, os reatores nucleares do país são de um tipo mais moderno do que os da usina avariada e têm menor chance de falha.
O plano de emergência de Angra estabelece retirada da população 12 mil pessoas no total num raio de 5 km das usinas, o mínimo exigido pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Tanto Angra 1 quanto Angra 2 e 3 são reatores de água pressurizada (chamados PWR, em inglês). Já os de Fukushima 1 são de água fervente (BWR).
"Reatores PWR têm mais barreiras contra liberação de radioatividade", diz Aquilino Senra, professor de engenharia nuclear da Coppe-UFRJ.
O físico nuclear José Goldemberg, da USP, diz que o problema dos reatores nucleares de ambos os tipos é depender de um fator fundamental: se a água para de circular, as barras de combustível derretem. "Basta um defeito numa válvula. Dizer que Angra é seguro porque não tem tsunami é bobagem."
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