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sexta-feira, 25 de março de 2011

COISAS DO BRASIL - Após seis dias paradas, obras em usina devem ser retomadas

Sindicato diz que parte dos pedidos dos operários foi atendida, mas consórcio não confirma


Pontos negociados incluem melhoria das refeições, novo plano de saúde e viagem aérea para visita a familiares


Marlene Bergamo/Folhapress

Assembleia de operários da usina de Santo Antônio, em Porto Velho, que decidiu suspender a paralisação que vinha ocorrendo desde a semana passada

As obras da usina de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), devem recomeçar hoje, após seis dias de paralisação.
De acordo com o o Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Rondônia), os funcionários decidiram voltar ao trabalho depois que o consórcio responsável pela construção atendeu 6 das 20 reivindicações.
Entre os pontos já negociados, estão a mudança para um novo plano de saúde, a melhoria de todas as refeições, banheiros adequados e exclusivos para mulheres e transporte aéreo para visita a familiares dos operários.
JIRAU
Ontem, o presidente do consórcio responsável por Jirau, Victor Paranhos, disse que uma parte dos trabalhos na usina já foi retomada em um setor menos afetado pelos conflitos da semana passada. A maior parte é feita por terceirizados.
Paranhos falou ainda que há como cumprir o cronograma originalmente previsto para a obra, que indicava a conclusão em 2013.
Antes do tumulto da semana passada, a direção da usina havia modificado o prazo para 2012.
A CUT diz que não há condições de trabalho no local.
Ontem, a movimentação no canteiro de obras era intensa. Além do trabalho de limpeza e de retirada de veículos incendiados na semana passada, dezenas de caminhões descarregavam equipamentos que ficaram retidos durante a confusão.
A Força Nacional de Segurança, que continua de prontidão no local, revistava todos que recebiam autorização para entrar no canteiro.
Na entrada do canteiro, quatro ônibus incendiados já haviam sido retirados. Em um prédio de apoio, funcionários repunham telhas quebradas na confusão.

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