Galera, pouco têm se discutido nas nossas aulas com relação a nação Síria, num momento em que a turbulência foca cada vez mais não só o regime mas também seu líder enfraquecido ficando a grande dúvida, até que ponto as grandes potencias do mundo estão interessadas em derrubá-lo, como aconteceu com seus colegas egípcio e tunisiano.
Para governos ocidentais e vizinhos, entretanto, a questão afeta seus interesses: a queda de Assad é desejável? A resposta não verbalizada é, principalmente, "não".
Para governos ocidentais e vizinhos, entretanto, a questão afeta seus interesses: a queda de Assad é desejável? A resposta não verbalizada é, principalmente, "não".
É bem verdade que os EUA e seus aliados europeus já expressaram preocupação com a violência na Síria.
Mas, diferente do Egito, onde, após hesitação inicial, tomaram partido claro, exortando Hosni Mubarak a sair; e da Líbia, onde intervieram pelos rebeldes, Washington e Londres até agora não tomaram medidas para apoiar os manifestantes sírios ou para punir o regime.
Uma razão para explicar a passividade é que EUA, em especial, dispõem de comparativamente pouca alavancagem. A Síria já está sujeita a sanções americanas, e suas relações diplomáticas com os EUA são tênues.
Também cabe o receio de que a queda de Assad e uma instabilidade solapariam o esforço de paz entre israelenses e palestinos; atrapalhariam o delicado equilíbrio no Líbano e no Iraque; e dariam abertura a extremistas.Os países da região também são a favor do status quo. A Turquia acredita que, se a situação descambar, poderia reavivar o clima separatista na minoria curda nacional, com impacto no sudeste.
Israel receia que um novo governo sírio pudesse fazer pressão mais agressiva pela devolução das colinas de Golã. A Arábia Saudita se opõe por princípio a tudo que recenda a democracia.E a Europa tampouco lidera a torcida por mudanças. O fato de a União Europeia ser a maior parceira comercial da Síria e de comprar petróleo sírio pode ter alguma relação com isso.
Naturalmente, este consenso repulsivo não é aventado ou divulgado. Na teoria, todos esses governos são a favor de reformas.
Mas, diferente do Egito, onde, após hesitação inicial, tomaram partido claro, exortando Hosni Mubarak a sair; e da Líbia, onde intervieram pelos rebeldes, Washington e Londres até agora não tomaram medidas para apoiar os manifestantes sírios ou para punir o regime.
Uma razão para explicar a passividade é que EUA, em especial, dispõem de comparativamente pouca alavancagem. A Síria já está sujeita a sanções americanas, e suas relações diplomáticas com os EUA são tênues.
Também cabe o receio de que a queda de Assad e uma instabilidade solapariam o esforço de paz entre israelenses e palestinos; atrapalhariam o delicado equilíbrio no Líbano e no Iraque; e dariam abertura a extremistas.Os países da região também são a favor do status quo. A Turquia acredita que, se a situação descambar, poderia reavivar o clima separatista na minoria curda nacional, com impacto no sudeste.
Israel receia que um novo governo sírio pudesse fazer pressão mais agressiva pela devolução das colinas de Golã. A Arábia Saudita se opõe por princípio a tudo que recenda a democracia.E a Europa tampouco lidera a torcida por mudanças. O fato de a União Europeia ser a maior parceira comercial da Síria e de comprar petróleo sírio pode ter alguma relação com isso.
Naturalmente, este consenso repulsivo não é aventado ou divulgado. Na teoria, todos esses governos são a favor de reformas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário