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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SERÁ QUE O PESADELO, DOS CHOQUES DO PETRÓLEO, ESTÁ DE VOLTA?

Galera TOTUS

Lá se vão dois meses da tão falada “REVOLUÇÃO ÁRABE”, que a meu ver, deveria se chamar  “A JOVEM REVOLUÇÃO ÁRABE”, e as coisas parecem que rumam para um grande finale, ou seja, a queda dos longevos Ditadores que não suportaram a pressão vindo dessas classes mais jovens.
 Mas ainda fica uma dúvida: E se a tão temida revolução chegar no território da Arábia Saudita?
 Para os que estão interagindo com o mundo da informação, a resposta é óbvia: TRAGÉDIA.
Seria tipo um cenário de filme de terror para os mercados mundiais, já que sozinha a Arábia Saudita detém 20% das reservas mundiais conhecidas de petróleo e  o segundo maior exportador  do planeta.
Mas o país está fora dessa roda de revoltas? Não, e que é pior, está se aproximando, ou como diria Joyce Karam, especialista em Oriente Médio do jornal saudita Al-Hayat,  “ está no quintal dos sauditas”.

O cenário pode virar filme de Alfred  Hitchcock, se a família  al-Khalifa cair  no Bahrein, que perigosamente  está próxima da Arábia Saudita. Aí o problema estará na sala de estar.
Vamos imaginar que o  Bahrein venha a cair, teríamos a primeira peça do golfo a desmoronar. Grande exportador de petróleo? Sim, mas o problema não está aí, e sim na maioria da sua população de tendência xiita, ou seja, ligado ao Irã, atual grande inimigo dos EUA.
Mas se a maioria oprimida xiita do Bahrein instabilizar o país, isso pode aguçar os sentimentos da minoria xiita oprimida da Arábia Saudita. E no equilíbrio de poder do Oriente Médio, uma Arábia Saudita mais fraca significa um Irã potencialmente mais forte
Lembrem-se, o Bahrein  abriga a Quinta Frota americana , exatamente servindo de contraponto para as ambições expansionistas do Irã na região. O rei Hamad do Bahrein tentou conter à força as revoltas populares. Não funcionou, e a  preocupação é tanta, que a secretária de Estado Hillary Clinton acaba de enviar Jeff Feltman, encarregado de Oriente Médio, para o Bahrein.
Até agora, a instabilidade só afetou países não relevantes do ponto de vista de fornecimento de petróleo, como Egito e Tunísia, ou pouco relevantes, como a Líbia, que responde por cerca de 2% da oferta mundial. Mas em se tratando de Arábia Saudita, o apocalipse pode estar começando a se desenhar.
Uma estrada de apenas 25 quilômetros separa o Bahrein da Arábia Saudita. Para não falar da internet, que não representa distância alguma, já que não é muito censurada no reino saudita. Se a turbulência alcançar a Arábia Saudita, barril de petróleo, segundo dizem os especialistas a US$ 120 vai ser pechincha.

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