Caros vestibulandos:
Quando analisamos essas “REVOLTAS”, que por ora ocorre nos países árabes, sentimos que uma mudança dentro do atual contexto histórico/geográfico do mundo, é fato inegável. Algo parecido com os acontecimentos que levaram ao fim do sistema socialista no final da década de 80, nos deixando com uma incômoda pergunta, para qual caminho, esses países formados na sua maioria por jovens pobres e desempregados, irão percorrer daqui para frente após a queda dos seus antigos líderes?
As respostas acredito sejam várias, mas duas merecem destaque, ou seja, se optarão pelo lado da liberdade, democracia ou do radicalismo inerente a grupos ou partidos políticos muçulmanos.
Duro responder, principalmente em se tratando de uma região complexa, com religiões, idiomas e culturas isoladas, sendo que em alguns casos impenetráveis a nós ocidentais.
Cumpre lembrar, que de tudo o que já aconteceu até o momento, a grande vedete dessas revoluções têm um nome, “INTERNET”. Ferramenta criada logo após o lançamento do satélite “SPUTINIK”, de tecnologia soviética, que acabou levando os americanos com medo de ficar para trás na corrida armamentista da Guerra Fria a desenvolver através da Defense Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada), um meio eficaz de comunicação em rede para troca de informações sensíveis, principalmente de cunho militar, e que se espalhou principalmente a partir da decada de 80, aos computadores do mundo todo através de um conglomerado de redes em escala mundial interligados pelo TCP/IP que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados, carregando uma ampla variedade de recursos e serviços, incluindo os documentos interligados por meio de hiperligações da World Wide Web, e a infraestrutura para suportar correio eletrônico e serviços como comunicação instantânea e compartilhamento de arquivos.
Pois bem, já imaginou que graças a essa ferramenta os jovens árabes, com aspirações de progresso material, cultural e tecnológico, descobriram ou estão descobrindo algo mais em comum que a religião a “INTERNET”.
Jovens árabes, que representam 72% no Iemêm, 60% na Líbia, 61% na Árabia Saudita, driblam o radicalismo, o preconceito, o ódio, enfim todo o tipo de repressão vindo das autoridades religiosas ou de ditadores, se comunicando pelo menos uma vez por semana no Twitter ou no Facebook, sonhando talvez com o retorno dos tempos gloriosos dos seus antepassados, naquilo que ficou conhecido como Império Árabe.
Mas, infelizmente hoje o saudosismo desse passado grandioso se mistura à frustração dos dias atuais levando à uma inegável angústia histórica, que ficou bem expressa nas palavras de um jornalista libanês chamado de Samir Kassir (morto num atentado em 2005, por libaneses pró-Síria); “ Existe um mal-estar árabe”. Não é prazeroso ser árabe nestes dias”.
Fica então, a esperança que na lógica da comunicação globalizada, da era digital, esses jovens, cujo os seus antepassados nos tempos gloriosos nos brindaram com revoluções no campo das ciências exatas ( Astronomia e Matemática), consigam pôr fim ao radicalismo, ao reacionário e a violência das determinações religiosas e políticas e levem esses países a promover sim uma revolução pacífica e vitoriosa em nome da democracia e do doce perfume da liberdade.
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