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domingo, 19 de junho de 2011

SÓ NO TOTUS - A GUERRA QUE NUNCA ACABA.


Produtores rurais brasileiros que vivem no Paraguai há cerca de 30 anos estão recebendo ordens de despejo do Poder Judiciário local.Ao menos cinco, instalados no departamento de Alto Paraná (fronteira com o Paraná), já foram acionados para deixar suas terras.Quatro deles obtiveram medidas judiciais para evitar a desapropriação. Outro teve parte da terra desapropriada.
As ordens de despejo se baseiam em títulos de propriedade duplicados, criados a partir dos anos 1990 dentro dos órgãos responsáveis por controlar o registro de terras no país vizinho.
Segundo os brasiguaios brasileiros ou descendentes residentes no Paraguai, por trás das decisões há uma "máfia", que envolve funcionários públicos, políticos e integrantes do Judiciário.
Esta é a primeira vez, segundo os brasiguaios, que há decisões contrárias aos títulos adquiridos por eles, na década de 1970.
As terras, na época, eram "virgens" e foram compradas de empresa colonizadora, quando o governo paraguaio estimulava a imigração para desenvolver a agricultura.
Para os brasiguaios, o governo do presidente Fernando Lugo, que assumiu em 2008 prometendo reforma agrária, mudou a situação para pior. Aumentaram as invasões e os problemas judiciais.Nos acampamentos, onde os paraguaios invadem, está repleto de bandeiras azuis, símbolos do PLRA (Partido Liberal Radical Autêntico), integrante da aliança que elegeu Lugo. O presidente e o partido negam estimular invasões.
Os sem-terra paraguaios dizem que houve erro na medição da terra, 30 anos atrás, e os proprietários ocuparam áreas maiores do que deveriam.
 

 

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